Todo mundo tem aquele mês que parece se arrastar, em que nada dá certo e o ânimo simplesmente desaparece. Mas e se eu te dissesse que a ciência também elegeu o pior mês do ano? Pesquisas mostram que existe um período específico em que o humor das pessoas despenca, a motivação cai e até a produtividade sofre um colapso coletivo.
O mês mais difícil do ano: janeiro, o vilão do calendário
Segundo vários estudos de comportamento e saúde mental, janeiro é considerado o pior mês do ano. O motivo não é apenas o fim das festas de fim de ano, mas um conjunto de fatores emocionais, climáticos e econômicos.

O primeiro deles é o choque pós-festas. Depois de semanas de comemorações, encontros e gastos, o início do ano chega com a realidade batendo à porta: contas acumuladas, rotina retomada e promessas de ano novo que já parecem difíceis de cumprir.
O “Blue Monday” e a tristeza coletiva
Existe até um termo criado para isso: Blue Monday, conhecido como “o dia mais triste do ano”. Ele costuma cair na terceira segunda-feira de janeiro, quando as pessoas já perderam o entusiasmo do ano novo, o clima ainda está frio (no hemisfério norte) e o peso da rotina começa a apertar.
Embora o conceito tenha começado como uma campanha de marketing, ele acabou sendo validado por vários psicólogos — que reconhecem a queda real de humor e motivação nesse período.
Mas nem todo mundo concorda
Para quem vive em países tropicais como o Brasil, janeiro pode ser sinônimo de férias, sol e descanso. Nesse caso, o pior pode variar muito de pessoa para pessoa. Alguns estudos apontam agosto como o mais desgastante, devido ao longo período sem feriados e à volta do ritmo intenso de trabalho e estudos.
Outros apontam novembro, quando o cansaço acumulado do ano e as pressões de fim de ciclo tornam o mês emocionalmente mais pesado.
O papel do clima e da rotina
A verdade é que o clima e o ritmo de vida exercem enorme influência sobre o humor. Meses mais frios e escuros tendem a aumentar os casos de transtorno afetivo sazonal (TAS), um tipo de depressão ligada à falta de luz solar. Já períodos muito quentes e exaustivos também podem afetar o bem-estar físico e emocional.
A ciência explica que o cérebro humano é sensível às mudanças de luminosidade, temperatura e padrões de sono, todos afetados pelas estações do ano.
Como enfrentar o “pior mês” de forma leve
Independentemente de qual seja o seu “vilão do calendário”, existem formas simples de tornar o período mais suportável:
- Exponha-se à luz natural sempre que possível.
- Durma bem e mantenha uma rotina consistente.
- Pratique exercícios leves, mesmo que em casa.
- Mantenha conexões sociais, mesmo quando estiver sem vontade.
- E, acima de tudo, não se cobre tanto — o ciclo natural de altos e baixos é parte da experiência humana.
Minha opinião sincera
Na minha visão, o “pior do ano” é aquele em que nos desconectamos de nós mesmos. Quando deixamos o tempo nos controlar, em vez de usá-lo a nosso favor.
Janeiro pode ser difícil, agosto pode ser cansativo, novembro pode ser pesado — mas todos são oportunidades de recomeço.
Afinal, o calendário é o mesmo para todos, mas o significado de cada mês é o que a gente escolhe dar a ele.