Dormir é uma das atividades mais misteriosas do ser humano, o que acontece com o cérebro ao sonhar. Passamos cerca de um terço da vida dormindo, mas ainda hoje a ciência tenta decifrar o que realmente acontece dentro da cabeça durante esse estado. Quando sonhamos, o cérebro ao sonhar entra em um modo único de funcionamento, misturando lembranças, emoções e imaginação para criar narrativas que desafiam a lógica — mas fazem total sentido para o inconsciente.
O início do sonho: o estágio REM
Os sonhos mais vívidos acontecem durante o estágio REM (Rapid Eye Movement), fase em que os olhos se movem rapidamente sob as pálpebras e o corpo fica paralisado para evitar que a pessoa “atue” seus sonhos. Nesse momento, o cérebro ao sonhar está quase tão ativo quanto quando estamos acordados. Áreas ligadas à memória, emoção e criatividade — como o hipocampo, a amígdala e o córtex pré-frontal — entram em ação. A combinação desses fatores cria um ambiente mental onde tudo é possível: o passado, o presente e o imaginário se misturam, permitindo que o cérebro ao sonhar processe informações de forma simbólica.
Por que sonhamos?
Ainda não existe uma resposta definitiva, mas cientistas acreditam que os sonhos desempenham funções essenciais. Uma das hipóteses mais aceitas é que sonhar ajuda o cérebro a organizar memórias e lidar com emoções reprimidas. Durante o sono REM, ele revisita situações recentes, reforça conexões neurais e simula cenários de aprendizado. Outros especialistas veem o sonho como uma espécie de “ensaio mental” — uma forma de o cérebro praticar respostas para ameaças, dilemas ou situações sociais complexas, tudo em um ambiente seguro e controlado.
A lógica do inconsciente do cérebro ao sonhar
No mundo dos sonhos, a lógica não é a mesma da vigília. O córtex pré-frontal — responsável por raciocínio e julgamento — fica parcialmente inativo, permitindo que imagens surreais e narrativas impossíveis surjam livremente. Por isso, podemos voar, encontrar pessoas que já morreram ou viver eventos absurdos sem estranhamento. O cérebro aceita o irracional como natural, uma característica que Freud chamou de “teatro do inconsciente”.
Sonhos lúcidos e o controle da mente
Uma das experiências mais intrigantes é o sonho lúcido, quando a pessoa percebe que está sonhando e consegue interagir ou alterar o rumo da história. Pesquisas mostram que durante o sonho lúcido, há uma leve reativação do córtex pré-frontal, o que permite certo grau de consciência. Algumas pessoas treinam técnicas específicas para alcançar esse estado, combinando meditação, controle de respiração e análise de padrões de sonho.
O cérebro e o mistério da imaginação noturna
Mesmo com tantos estudos, o ato de sonhar continua cercado de mistério. O cérebro, ao sonhar, mistura lembranças e sensações de maneiras que desafiam a ciência. Cada sonho é uma experiência única — uma janela para o subconsciente, revelando medos, desejos e fragmentos de quem realmente somos.
Minha opinião
Sempre achei fascinante como e o cérebro ao sonhar, enquanto descansamos, cria mundos inteiros. Sonhar é como assistir a um filme que nós mesmos dirigimos, sem saber o roteiro. É uma prova de que a mente humana é o maior mistério da natureza — e talvez, enquanto dormimos, ela esteja apenas nos lembrando do quão poderosos somos em imaginar.
