Durante muito tempo, os cientistas acreditavam que apenas mamíferos e aves tinham ciclos de sono complexos. Mas novas pesquisas mostram que polvos também sonham — e que, enquanto isso acontece, eles mudam de cor e textura, como se estivessem vivendo seus próprios sonhos debaixo d’água.
A descoberta que surpreendeu a biologia marinha
Pesquisadores da Universidade Rockefeller e do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa descobriram que os polvos passam por dois estágios de sono distintos: um calmo e outro ativo, semelhante ao sono REM dos humanos.

Durante essa fase ativa, o corpo do polvo pulsa com cores vibrantes, os olhos se movem rapidamente e seus tentáculos fazem leves contrações — sinais claros de que o animal está sonhando.
O que os polvos sonham?
A resposta ainda é um mistério, mas os cientistas acreditam que eles recriam experiências vividas, como caçar presas, fugir de predadores ou explorar o ambiente.
É possível que, assim como os humanos, os polvos usem o sonho para processar memórias e aprender com o que viveram.
Uma mente complexa em um corpo simples
O polvo é considerado um dos animais mais inteligentes do planeta. Com nove cérebros — um central e oito distribuídos pelos tentáculos — e sangue azul à base de cobre, essa criatura desafia tudo o que sabemos sobre consciência.
Se realmente sonham, isso pode significar que a consciência não é exclusiva dos humanos, e sim um fenômeno mais amplo na natureza.
Implicações para a ciência moderna
O estudo do sono dos polvos pode ajudar a entender como a mente evoluiu e como diferentes espécies processam emoções e memórias.
Mais do que curiosidade, isso abre espaço para novas pesquisas sobre inteligência não humana — algo que pode mudar nossa relação com os animais marinhos.
Minha opinião sincera
Saber que os polvos sonham é quase poético. Eles vivem em um mundo silencioso, misterioso, e ainda assim compartilham conosco algo tão humano: a capacidade de sonhar.
Talvez isso mostre que o universo da consciência é muito maior do que imaginamos — e que a natureza ainda guarda segredos que mal começamos a compreender.